quarta-feira, 6 de julho de 2016

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Análise do Poema "Moça Linda Bem Tratada" - Mário de Andrade



MOÇA LINDA BEM TRATADA

Moça linda bem tratada,
Três séculos de família,
Burra como uma porta:
Um amor.

Grã-fino do despudor,
Esporte, ignorância e sexo,
Burro como uma porta:
Um coió.

Mulher gordaça, filó,
De ouro por todos os poros
Burra como uma porta:
Paciência...

Plutocrata sem consciência,
Nada porta, terremoto
Que a porta de pobre arromba:
Uma bomba.




O poeta nos faz uma descrição um pouco negativa de uma mulher de época, mostrando uma triste realidade antes bastante vivida.

Quando o mesmo diz “três séculos de família” significa que antigamente a mulher era mantida pelo nome, ou seja, casavam com que a família determinasse.

O poeta tenta nos passar a mensagem de que beleza nem sempre é o que vale mais, como era retratado antigamente. Atualmente não existe isso, pois todos querem adquirir seu próprio nome, ter a opção de escolher, trabalhar e não ser apenas a bela mulher que precisa de um homem para se manter, mas construir sua própria personalidade e vida.

Análise do poema "Descobrimento" - Mário de Andrade

DESCOBRIMENTO

Abancado à escrivaninha em São Paulo
Na minha casa da rua Lopes Chaves
De supetão senti um friúme por dentro.
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.

Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus!
muito longe de mim
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos olhos,
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.

Esse homem é brasileiro que nem eu.


O poema retrata sobre a vida de um homem, morador da grande São Paulo, que está em seu aposento (casa, lar) quando de repente sentiu um friúme (frio, mas a maneira empregada no texto também podemos interpretá-lo como arrepio/sensação ruim) que encaminhou seus pensamentos na direção das pessoas do Norte do Brasil. O mesmo imagina um pobre homem cujo corpo demonstra as marcas do sofrimento de um trabalho duro que enfrenta em seu dia a dia por um mau salário. E faz por última a comparação entre ele e o trabalhador, ambos brasileiros, mas que se encontram em situação completamente diferentes.

O poeta retrata tais fatos que nos fazem refletir sobre a desigualdade do nosso país, tanto antigamente como nos dias atuais essa desigualdade encontrada é muita, enquanto uns estão no conforto da sua casa e tem “demais”, outros enfrentam uma realidade mais dura para conseguir seu sustento.

O poema é narrado em primeira pessoa, ou seja, por um eu-lírico.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Apresentação

Olá Pessoal, Tudo bem?

Me chamo Kathia e estarei com você durante um longo tempo (assim espero) postando resenhas de livros e também aceitando indicação destes.